Pós graduação Nutrição Estética

Pós graduação Nutrição Estética

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Vitamina B6 melhora resposta pró-inflamatória em pacientes com artrite reumatoide


Data: 24/09/2010
Autor(a): Rita de Cássia Borges de Castro
Fotógrafo: Camila G. Marques

Estudo publicado na revista European Journal of Clinical Nutrition mostrou que a suplementação de vitamina B6 reduziu os níveis plasmáticos de citocinas pró-inflamatórias, como interleucina-6 (IL-6) e fator de necrose tumoral alfa (TNF-alfa), em pacientes com artrite reumatoide.
A artrite reumatoide (AR) é uma doença crônica, auto-imune e inflamatória sistêmica que provoca a destruição articular progressiva. Estudos prévios mostraram que pacientes com AR apresentam baixos níveis de vitamina B6 (piridoxal-5-fosfato [PLP]) e isso foi associado com níveis aumentados de citocinas pró-inflamatórias como, TNF-alfa, aumento de marcadores inflamatórios como, proteína C-reativa (PCR) e elevada taxa de sedimentação de eritrócitos (VHS).
O objetivo do estudo foi investigar se a suplementação de altas doses de vitamina B6 (100 mg/dia) apresenta efeito benéfico na resposta inflamatória e imune em pacientes com artrite reumatoide.
Trata-se de um estudo cego, randomizado, realizado na Divisão de Alergia, Imunologia e Reumatologia do Chung Shan Medical University Hospital, de Taiwan.
Os pacientes envolvidos na pesquisa foram diagnosticados com AR de acordo os critérios da American College of Rheumatology de 1991.
Como a maioria dos pacientes com AR (74%) estavam sendo tratados com metotrexato, um antagonista do folato, os suplementos de ácido fólico (5 mg) são prescritos de rotina para todos esses pacientes, para compensar os efeitos colaterais da depleção do folato. Os pacientes foram divididos aleatoriamente em dois grupos: controle (5 mg/dia de ácido fólico; n=15) e vitamina B6 (5 mg/dia de ácido fólico e 100 mg/dia de vitamina B6, n=20). O período de suplementação durou 12 semanas. Aqueles que tomavam vitaminas ou outros suplementos nutricionais interromperam o uso um mês antes de entrar no estudo.
Foram avaliados os níveis plasmáticos de piridoxal-5-fosfato (PLP), folato sérico, parâmetros inflamatórios (proteína C-reativa de alta sensibilidade [hs-PCR], taxa de sedimentação eritrócitos [VHS], IL-6, TNF-alfa e parâmetros imunológicos (glóbulos brancos, contagem total de linfócitos, células T [CD3], células B [CD19], células T helper [CD4], T-supressoras [CD8]). Todos esses parâmetros foram medidos no primeiro dia (semana 0) e após 12 semanas da intervenção.
O estudo mostrou que os dois grupos não apresentaram diferenças significativas em relação à idade, índice de massa corporal (IMC), pressão arterial e atividade da doença.
O tempo médio de diagnóstico de AR foi de 2,6 ± 1,6 anos. A média de ingestão de vitamina B6 foi de 1,2 ± 0,4 mg/dia no início e 1,1 ± 0,4 mg/dia após 12 semanas no grupo controle. No grupo da vitamina B6 a ingestão média foi de 1,3 ± 0,5 mg/dia no início e 1,3 ± 0,4 mg/dia após 12 semanas. O consumo total de vitamina B6 e folato (dieta + suplementação) se correlacionaram significativamente com níveis plasmáticos de PLP (r = 0,60, p = 0,00) e de folato sérico (r = 0,42; p = 0,00), respectivamente.
No início do estudo (semana 0), não houveram diferenças significativas nos níveis de vitamina B6 e folato, como também nas respostas inflamatórias e nos indicadores de resposta imune entre os dois grupos. No entanto, após 12 semanas de suplementação de vitamina B6, os pacientes apresentaram uma redução nos níveis plasmáticos de IL-6 e de TNF-alfa (p<0,05). Porém, não houveram mudanças significativas em nenhum dos parâmetros imunológicos, exceto na contagem total de linfócitos que aumentou no grupo da vitamina B6 quando comparado à semana 0, com 12 semanas de suplementação (p<0,05).
Os pesquisadores encontraram ainda que o nível plasmático de IL-6 foi inversamente relacionado com a concentração plasmática de PLP, o que mostra a relação entre o aumento de consumo de vitamina B6 e a diminuição desta citocina pro-inflamatória.
Segundo os autores, o mecanismo que explica a relação entre a vitamina B6 e a artrite reumatóide ainda não está esclarecido.
Algumas limitações no estudo, apontadas pelos pesquisadores, foram o tamanho da amostra (teria que ser maior) e o tipo de estudo (poderia ter sido um estudo duplo-cego, ao invés de cego).
No entanto, “nenhum dos estudos anteriores, nos quais utilizaram 50 mg/dia de vitamina B6 durante 30 dias, haviam encontrado efeitos na diminuição de citocinas pró-inflamatórias em pacientes com AR”, observam os autores.
“Nosso resultado fornece dados valiosos para a prática clínica no que diz respeito ao potencial efeito benéfico da vitamina B6 para suprimir a resposta inflamatória em pacientes com artrite reumatoide”, concluem os autores.

Referência(s)

Huang SC, Wei JC, Wu DJ, Huang YC. Vitamin B(6) supplementation improves pro-inflammatory responses in patients with rheumatoid arthritis. Eur J Clin Nutr. 2010;64(9):1007-13.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Leite fermentado enriquecido com lactoferrina promove a melhora clínica da acne

Data: 27/08/2010
Autor(a): Rita de Cássia Borges de Castro
Fotógrafo: Camila G. Marques

Estudo publicado na revista científica Nutrition mostrou que a ingestão diária de leite fermentado enriquecido com lactoferrina melhorou a pele de pacientes com acne vulgar (nome científico da acne comum), com diminuição de triacilgliceróis da superfície lipídica da pele.
A acne é uma doença de pele que atinge quase 80% dos adolescentes. As primeiras lesões não inflamatórias da acne vulgar são microcomedões, que são o resultado do tamponamento folicular e hiperplasia da glândula sebácea, com aumento da produção de sebo. Com o aumento no tamanho das lesões, eles se tornam comedões não-inflamados, aberto ou fechado (cravos pretos ou brancos, respectivamente). Ao passar do tempo, essas condições favorecem o crescimento da bactéria Propionibacterium acnes, que secretam substâncias pró-inflamatórias, levando ao aparecimento de lesões inflamatórias.
Devido a pouca existência de estudos que avaliam os efeitos sistêmicos da lactoferrina como um suplemento dietético e a fim de investigar a sua atividade anti-inflamatória, o estudo buscou avaliar o efeito do leite fermentado enriquecido com lactoferrina em pacientes com acne vulgar de leve a moderada, uma condição inflamatória da pele.
Trata-se de um estudo controlado, randomizado e duplo-cego, em que os pesquisadores acompanharam 36 pacientes (homens e mulheres) entre 18 e 30 anos, nos quais foram randomizados em 2 grupos. O grupo lactoferrina recebeu diariamente, durante 12 semanas, 200mg de lactoferrina misturada em leite fermentado contendo probióticos (L. bulgaricus e Streptococcus thermophilus) e o grupo controle recebeu apenas o leite fermentado com os mesmos probióticos.
Os participantes foram instruídos a não consumir outros produtos lácteos fermentados e/ou mudar hábitos de limpeza e produtos de hidratação da pele durante o estudo. A avaliação do grau e contagem das lesões acneicas foram realizadas mensalmente, assim como as condições de hidratação da pele, sebo e pH, através de equipamentos específicos. Para a avaliação da superfície lipídica da pele foram aplicadas fitas adesivas especiais na região acneica e posteriormente extraído o conteúdo lipídico aderido.
Comparado ao início do estudo, todos os 18 participantes do grupo lactoferrina demonstraram reduções na contagem total de lesões (CTL) em 23,1% (p=0,033) e 17 destes indivíduos (94,4%) apresentaram diminuição na contagem de lesões inflamatórias (CLI) em 38,6% (p=0,019). Além disso, no grupo lactoferrina, o conteúdo de sebo diminuiu 31,1% em comparação com o grupo placebo (p=0,043).
A quantidade total de lipídios superficiais da pele diminuiu em ambos os grupos. No entanto, dos lipídios importantes, os triacilglicérois (TGL) e ácidos graxos livres (AGL) diminuiu no grupo lactoferrina, enquanto a quantidade de AGL diminuiu apenas no grupo placebo. A menor quantidade de TGL no grupo lactoferrina foi significativamente correlacionada com a diminuição do conteúdo de sebo (p= 0,007), contagem das lesões acneicas totais (p=0,007) e o grau da acne (p=0,021). Nenhuma alteração na hidratação da pele e do pH foram observadas em ambos os grupos.
Os pesquisadores afirmam que a melhora da acne vulgar nesses pacientes foi devido à diminuição seletiva dos TGL, um dos componentes lipídios mais importantes do sebo. “A maior eficácia da lactoferrina sobre o grupo que consumiu apenas os probióticos pode ser associada com a maior capacidade de a lactoferrina diminuir os TGL e o conteúdo do sebo, diminuindo o tamponamento folicular e a inflamação causada por bactérias P. acnes”, explicam os autores.
Os pesquisadores também ressaltam a importância dos probióticos, como L. bulgaricus, L. acidophilus e S. thermophilus na melhora dos sintomas da acne. Eles explicam que isso se deve aos benefícios dos probióticos na melhora da resposta imune protetora e que a sua atuação imunomoduladora sistêmica pode levar a diminuição do grau da acne, que é uma condição pró-inflamatória.
Estudos recentes demonstraram que a lactoferrina administrada oralmente pode aumentar o número de células nos linfonodos e no baço, melhora a atividade de macrófagos peritoneais e de células natural killer. A circulação de citocinas e/ou recrutamento de células do sistema imunológico induzida pela lactoferrina diminui o conteúdo do sebo e da inflamação. Entretanto, os autores ressaltam que o efeito da lactoferrina sobre a acne vulgar envolve um mecanismo complexo que deverá ser esclarecido em estudos futuros.
“O leite fermentado enriquecido com lactoferrina pode ser uma alternativa terapêutica potencial, que deverá ser utilizada como complemento às terapias convencionais para o tratamento da acne vulgar”, concluem os autores.

Referência(s)

Kim J, Ko Y, Park YK, Kim NI, Ha WK, Cho Y. Dietary effect of lactoferrin-enriched fermented milk on skin surface lipid and clinical improvement of acne vulgaris. Nutrition. 2010;26(9):902-9.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Chimarrão, café ou chocolate quente?


No frio, elas são as bebidas preferidas dos brasileiros. E têm muito em comum: são responsáveis por uma sensação de bem-estar e auxiliam no combate a doenças. Mas se consumidas em exagero, também podem levar ao vício, aumento da pressão arterial e reduzir a absorção de ferro e de outros nutrientes. O jeito é consumir com moderação.



Lilo Barros, especial para a Gazeta





Chimarrão

Tem como base a erva-mate, que ajuda na prevenção do envelhecimento precoce, atua como cicatrizante e facilita o emagrecimento. “Mas é importante reforçar que as pessoas devem ter hábitos saudáveis de vida, como comer bem e fazer exercícios”, explica a bióloga Luciana Nowacki, mestre em farmacologia, que há cinco anos estuda os efeitos da planta.
Por outro lado, a erva do chimarrão pode causar insônia. Ela também tem um alto grau diurético, promovendo a eliminação de grandes quantidades de nutrientes do corpo. Como é consumida muito quente, a bebida pode provocar a perda parcial do paladar e favorecer a formação de tumores na boca e no esôfago. A água do chimarrão não pode chegar ao ponto de ferver.

Chocolate quente

Vilão das dietas, por ser muito calórico, o chocolate é mocinho na luta contra o estresse, depressão e mau humor. Ele está ligado a uma sensação de satisfação e bem-estar. Quem afirma é o nutrólogo Marco Cassou, que alerta: “como qualquer outro produto, é preciso ter cuidado com a origem e a qualidade desse chocolate”. Quanto mais amargo, mais cacau ele tem, o que previne os efeitos do envelhecimento precoce e as doenças do coração.
Pessoas mais sensíveis a alguns de seus componentes, como a lactose, podem sofrer de irritações na pele, estômago e intestino. O consumo em excesso pode ainda provocar diarreia. Quem tem problemas no fígado e diabete deve ter cuidado redobrado, por causa dos níveis de gordura e açúcar. “O chocolate pode não ser a causa da acne, mas favorece o surgimento delas”, acrescenta a nutricionista Luisa.

Café

“Ele é um estimulante que causa bem-estar, vigor e também resistência para exercício físico”, esclarece a nutricionista Luisa Amabile Wolpe Simas, professora das Faculdades Integradas Espírita. Além disso, a bebida ajuda no combate à depressão, doenças do coração, emagrecimento e prevenção de alguns tipos de câncer. E sim, o cafezinho com açúcar ameniza os efeitos do excesso de álcool.
Já doses elevadas de café podem gerar taquicardia, insônia, ansiedade, aumento da pressão arterial e problemas gástricos, como azia. A adição de açúcar pode intensificar alguns desses problemas. “A diferença do café descafeinado, que não tem cafeína, para o normal é que ele não estimula tanto o corpo. Só que pra retirar essa cafeína dos grãos são utilizados alguns produtos que podem ser mais nocivos à saúde”, pondera Luisa.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

ALIMENTOS FUNCIONAIS E NUTRACÊUTICOS: DEFINIÇÕES,

Fernanda P. Moraes1 & Luciane M. Colla2*
1 Acadêmica do Curso de Farmácia Industrial – Universidade de Passo Fundo – Passo Fundo, RS/ Brasil –
nandamoaraes2002@yahoo.com.br
2 Prof. do Curso de Farmácia Industrial – Universidade de Passo Fundo – Laboratório de Fermentações - Campus I - Km 171 - BR 285, Bairro São José, Caixa Postal 611 - CEP 99001-970 - Passo Fundo/RS - (54) 3316-8193 /Fax (54) 3316-8455
* Email para correspondência: lmcolla@upf.br
Recebido em 03/10/2006 - Aceito em 19/11/2006

RESUMO: Inúmeros fatores afetam a qualidade da vida moderna, de forma que a população deve conscientizar-se da importância de alimentos contendo substâncias que auxiliam a promoção da saúde, trazendo com isso uma melhora no estado nutricional. A incidência de morte devido a acidentes cardiovasculares, câncer, acidente vascular cerebral, arteriosclerose, enfermidades hepáticas, dentre outros, pode ser minimizada através de bons hábitos alimentares. Os alimentos funcionais e os nutracêuticos comumente têm sido considerados sinônimos, no entanto, os alimentos funcionais devem estar na forma de alimento comum, serem consumidos como parte da dieta e produzir benefícios específicos à saúde, tais como a redução do risco de diversas doenças e a manutenção do bem-estar físico e mental. As substâncias biologicamente ativas encontradas nos alimentos funcionais podem ser classificadas em grupos tais como: probióticos e prebióticos, alimentos sulfurados e nitrogenados, pigmentos e vitaminas, compostos fenólicos, ácidos graxos poliinsaturados e fibras. Por outro lado, os nutracêuticos são alimentos ou parte dos alimentos que apresentam benefícios à saúde, incluindo a prevenção e/ou tratamento de doenças. Podem abranger desde os nutrientes isolados, suplementos dietéticos até produtos projetados, produtos herbais e alimentos processados. Objetivou-se comparar alimentos funcionais e nutracêuticos quanto à definição e legislação, apresentando as diferentes classes desses compostos e seus efeitos benéficos à saúde.

ARTIGO COMPLETO: http://www.revistas.ufg.br/index.php/REF/article/viewFile/2082/2024

domingo, 20 de junho de 2010

ENVELHECIMENTO x ALIMENTO

O envelhecimento da pele ocorre devido a fatores genéticos e a fatores ambientais, sendo que a alimentação é a opção mais facilmente modificável, que pode auxiliar a combater os radicais livres produzidos pelo estresse do nosso dia-a-dia.

Dependendo do estilo de vida que temos, produzimos cada vez mais radicais livres e o excesso desta produção danifica as células do nosso corpo, inclusive as células da pele, levando ao envelhecimento.

Sendo assim, a alimentação é muito importante para combater o envelhecimento, tanto dos nossos órgãos, quanto da nossa pele. Isto ocorre porque a produção de radicais livres é reduzida quando você retira da alimentação substâncias que aumentam a sua produção, como por exemplo aditivos químicos como corantes, conservantes, emulsificantes, acidificantes e muitos outros, excesso de gorduras saturadas e trans ou ainda alimentos com calorias vazias, ou seja, possuem calorias mas não outros nutrientes benéficos. Estas substâncias são encontradas em grande quantidade em produtos industrializados de uma maneira geral e fast foods.

Além disso, através de uma alimentação adequada, nossas células irão receber os nutrientes que vão neutralizar a ação negativa dos radicais produzidos por qualquer causa, seja pela poluição, excesso de atividade física, estresse, ou mesmo os danos provocados pelos radicais produzidos normalmente pelo nosso organismo. Desta forma a alimentação efetivamente pode diminuir o risco do desenvolvimento envelhecimento precoce.

Além deste benefício, não só a pele ficará mais bonita, assim como haverá um bom funcionamento de todo seu organismo, então, se alimentar bem trará ainda mais disposição e bem-estar e te proporcionará um equilíbrio orgânico em que você se sentirá melhor como um todo, diminuindo o risco inclusive de doenças mais graves como diabetes, doenças cardíacas, câncer, ou mesmo um intestino preso. E este estado vai facilitar uma vida sem estresse e com maior ânimo para práticas esportivas, melhorando ainda mais a saúde e a pele.

Este benefício será proporcionado quando estes alimentos benéficos são ingeridos em equilíbrio nas refeições durante o dia. Isto ocorre porque nosso organismo é dinâmico, portanto devemos nutrir nossas células freqüentemente, ou seja, é importante colocarmos em prática a ingestão de alimentos a cada 3 horas para prevenir também o envelhecimento precoce.

Existem alguns exemplos de alimentos que podem ajudar a nutrir nossas células e diminuir o risco do envelhecimento precoce, lembrando que a melhor opção vai depender de cada indivíduo, portanto, o ideal é procurar o aconselhamento de um nutricionista capacitado. São eles:

- Açaí: Rico em fitoquímicos como as antocianinas e proantocianinas que são importantes antioxidantes. Ingerir de meia a uma porção por dia.
- Aveia: Contém beta-glucanas que diminuem o desenvolvimento da inflamação cutânea, diminuindo o processo inflamatório que eleva o estresse orgânico, produzindo mais radicais livres. Consumir 1 colher de sopa de aveia por dia.
- Chá verde: Riquíssimo em catequinas e polifenóis, melhora a formação de colágeno e inibe o aparecimento de células cancerígenas na pele. Ingerir de 3 a 4 xícaras de chá por dia, de preferência longe das refeições. Evite consumir o chá verde no período noturno pois possui cafeína e pode alterar o sono.
- Gergelim: rico em antioxidantes, diminuindo os danos causados pelos radicais livres na pele. Consumir 1 colher de sopa por dia.
- Soja: Possui isoflavonas que diminuem o processo inflamatório da pele. O extrato de soja também pode aumentar a síntese de colágeno, o que pode retardar o envelhecimento cutâneo. Para garantir todos seus efeitos tem que ingerir 25g de proteína da soja.
- Tomate, goiaba e melancia: ricos em licopeno (confere a coloração vermelha aos alimentos), possui atividade antioxidante e auxilia na prevenção de alguns tipos de câncer. Também diminui o processo inflamatório. Consumir duas porções ao dia, de preferência cozidos ou processados para melhor aproveitamento do licopeno.

FONTE: http://www.vponline.com.br/blog/?p=39

terça-feira, 1 de junho de 2010

FELIZ NA CONTEMPORANEIDADE: saúde e estética no discurso de VEJA



Mellyssa da Costa Mol
Jornalista e Licenciada em Educação Física/UFSC
Giovani De Lorenzi Pires
Doutor em Educação Física/UNICAMP
Prof. do DEF/UFSC e do PPGEF/UFSC

RESUMO

A valorização da saúde e estética assumiu grande proporção na contemporaneidade.
Possibilidades de intervenção no corpo aumentaram, prometendo manter aparência
saudável e bela ; a mídia é aliada deste projeto, divulgando estratégias miraculosas,
ginásticas, dietas, tratamentos, etc. O objetivo do estudo foi compreender estratégias do
discurso midiático de Veja acerca da temática. É uma investigação exploratória,
qualitativa, para análise de conteúdo de um produto midiático. Foram selecionados 32
exemplares e uma edição especial da revista. Observou-se que o eixo norteador das
narrativas supõe o corpo belo como sinônimo de saúde, relacionando-o à atividade física, nutrição e intervenções tecnológicas sobre o corpo.

Palavras-chave: saúde, estética, mídia, educação física

Texto completo em: http://www.cbce.org.br/cd/resumos/044.pdf

domingo, 9 de maio de 2010

Criado índice para nível inflamatório da dieta



Data: 06/05/2010
Autor(a): Iara Waitzberg Lewinski
Fotógrafo: Camila G. Marques

Pesquisadores norte-americanos desenvolveram estudo para definir e validar um índice inflamatório que avaliasse o potencial inflamatório da dieta. A análise de diferentes constituintes alimentares sugere que a dieta pode influenciar positiva ou negativamente a produção de fatores inflamatórios no organismo humano.

"O propósito da criação de um índice inflamatório é prover uma ferramenta que possa categorizar a dieta de uma pessoa como antiinflamatória ou pró-inflamatória", explicam os autores. Dessa maneira, uma dieta já conhecida como sendo antiinflamatória pode proteger contra uma resposta inflamatória exacerbada e ser protetora indireta do desenvolvimento de algumas doenças, como câncer, doenças cardiovasculares e outras doenças crônicas relacionadas com inflamação.

Este potencial inflamatório foi analisado por meio da proteína C-reativa (PCR), que é um conhecido marcador inflamatório. Esta proteína é produzida em resposta a estimulação de interleucinas (IL), que são produzidas por células hematopoiéticas (que formam o sangue). Portanto, a partir de revisão de estudos científicos originais a dieta foi avaliada sobre os seis principais marcadores inflamatórios: IL-1beta, IL-4, IL-6, IL-10, TNF-alfa e PCR.

Foi criada uma pontuação para diversos compostos alimentares e alguns alimentos, dependendo de seu potencial inflamatório. A pontuação de -1 foi dada aqueles alimentos ou nutrientes com efeitos pró-inflamatórios (ou seja, que aumentaram significativamente a IL-1beta, IL-6, TNF-alfa e PCR, ou diminuíram a IL-4 ou IL-10); +1 para os alimentos cujos efeitos foram antiinflamatórios (quando diminuíram significativamente a IL-1beta, IL-6, TNF-alfa e PCR, ou aumentaram IL-4 ou IL-10); e 0 para as variáveis dietéticas que não produziram mudanças nos marcadores inflamatórios", explicam os autores.

Segundo o índice inflamatório, os compostos alimentares com características pró-inflamatórias (ou seja, aqueles que adquiriram pontuação mais próxima de -1) foram, em ordem decrescente: carboidratos (-0,346); lipídios (-0,323); gordura saturada (-0,25); colesterol (-0,21); vitamina B12 (-0,09); ácidos graxos monoinsaturados (-0,05) e ácidos graxos ômega-6 (-0,016).

Já os compostos alimentares antiinflamatórios (com pontuação mais próxima de +1) foram, em ordem decrescente: magnésio (0,905); açafrão-da-índia (0,774); beta-caroteno (0,725); genisteína (uma isoflavona, 0,68); vitamina A (0,58); chás (0,552); fibras alimentares (0,52); vinhos (0,48); quercetina (tipo de flavonóide, 0,49); luteolina (tipo de flavonóide, 0,43); vitamina E (0,401); ácidos graxos ômega-3 (0,384); vitamina C (0,367); vitamina D (0,342); zinco (0,316), vitamina B6 (0,286); alho (0,27); niacina (0,26); ácido fólico (0,214); cerveja (0,2); gengibre (0,18); daidzeína (uma isoflavona, 0,17); cianidina (pigmentos vermelhos de vegetais, 0,13); epicatequina (0,12); cafeína (0,035); riboflavina (0,16); bebidas alcoólicas (0,1); proteínas e tiamina (0,05); ferro (0,029) e selênio (0,021).

A análise dos estudos científicos comprovou que há uma associação inversa entre o índice inflamatório e a PCR, onde o aumento da pontuação sugere diminuição de fatores inflamatórios. "Estes resultados indicam que uma dieta antiinflamatória pode proteger contra uma resposta inflamatória exacerbada, caracterizada por níveis elevados de PCR e, deste modo, proteger indiretamente contra o desenvolvimento de câncer, doenças cardiovasculares e outras doenças crônicas relacionadas com inflamação", relatam os autores.

A amostra total foi de 494 homens e mulheres, com idade média de 48 anos. Os homens apresentaram consumo alimentar maior (e consequente maior ingestão energética) em comparação com as mulheres para a maioria dos nutrientes, o que também foi indicado como um fator pró-inflamatório. Não houve diferença entre os gêneros quanto à utilização de suplementos fitoterápicos e poucos indivíduos consumiam suplementos de óleo de peixe (1,1% dos homens e 0,4% das mulheres).

A idade e o índice de massa corporal foram positivamente associados com os níveis de PCR. Os indivíduos sobrepeso e obesos apresentavam níveis de PCR significativamente maiores, em comparação com os eutróficos. Níveis de HDL (lipoproteína de alta densidade) foram inversamente associados com a PCR.

Segundo os autores, este estudo possui algumas limitações, pois "embora o índice inflamatório tenha o objetivo de avaliar a dieta como um todo, ele foi criado a partir de artigos que examinaram os efeitos de alguns nutrientes em particular. Este foi um dos motivos pelo quais tivemos dados sobre o potencial inflamatório da gordura trans. Outra limitação foi de que 90% da amostra total era composta de indivíduos brancos, e é comprovado na literatura científica que indivíduos de raças diferentes apresentam níveis diferentes de PCR", concluem.



Referência(s)

Cavicchia PP, Steck SE, Hurley TG, Hussey JR, Ma Y, Ockene IS, et al. A new dietary inflammatory index predicts interval chances in serum high-sensitivity c-reative protein. J Nutr. 2009;139:2365-72.

sábado, 8 de maio de 2010

ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL EM NUTRIÇÃO ESTÉTICA


A atuação do profissional de nutrição tem se ampliado significativamente nos últimos anos em âmbito mundial e nacional. A busca por orientação nutricional tem crescido de maneira extraordinária, onde a busca pela beleza e bem estar estão em evidência.
Saúde, bem-estar e estética formam um mercado em expansão e a consistente demanda por profissionais especializados para atuar neste cenário também é crescente. Atraídos pelo ideal de beleza, pessoas procuram diferentes métodos para alcançar suas metas, por meio de dietas, exercícios físicos, plásticas, cirurgias, entre outros. (EDMONDS, 2002)
A relação Nutrição e estética é uma excelente oportunidade de mercado. O controle de peso e a exigência da sociedade para formas corporais mais exuberantes envolvem atividade física e nutrição planejada individualmente.
O nutricionista estética é o profissional que aplica a ciência da nutrição com o objetivo de prevenir as imperfeições estéticas tais como o envelhecimento cutâneo, acne, celulite, flacidez, através de uma alimentação adequada.